domingo, 25 de março de 2012

Fast food: sabor, rapidez e perigo!

Por quê tanto sucesso se há tanto perigo?
Por quê comprar e exagerar se não existem mais dúvidas dos males que esse tipo de comida traz?


A resposta está na vida e não propriamente nos alimentos.
Muitas vezes colocamos na comida o sentido de algumas coisas, a desculpa de outras e ainda a ideia enganadora de que "só uma vez...". Não que existam alimentos proibidos (salvo sob recomendações específicas!), mas o que deve sempre existir é a consciência do consumo de cada alimento: se estou comendo algo devo entender o porquê de fazer aquela escolha e entender o que isso pode me trazer depois.
As pesquisas sobre os fast foods não deixam dúvidas. O tema gera preocupação para a saúde de crianças, adolescentes, adultos e idosos, pois perde-se tempo com muitas coisas, mas com a alimentação, a ideia é escolher o que seja mais rápido...
O consumo de conservas e embutidos, alimentos gordurosos e açucarados pode presdipor a doenças crônicas como hipertensão, obesidade e câncer, por causar ao organismo processos inflamatórios e de estresse metabólico, como a formação de placas gordurosas em artérias.

Um grande perigo está na contagem de calorias! Mais do que contar calorias para comer um alimento prejudicial sem culpa devemos pensar o que aquela refeição me trará, além das calorias. Um alimento traz consigo vitaminas, mineraris, proteínas, carbiodratos, da mesma forma que pode trazer corantes, conservantes cancerígenos, açúcares simples e gorduras saturadas. Mesmo que menos calórico que um suco de laranja, por exemplo, um refrigerante diet, na mesma proporção, nunca será comparável ao suco, que me traz benefícios e não coloca em meu corpo uma quantidade enorme de conservantes e aditivos.

Um alimento nunca pode significar somente sabor...se como é porque o sabor me agrada, mas também porque procuro me beneficiar daquele alimento, porque controlo meus impulsos e minhas vontades, e por isso não preciso submeter meu corpo ao surgimento de doenças. O sentido precisa estar não somente no sabor, senão retiro do alimento todo o contexto social e de saúde em que ele se encontra. Mais do que comer, preciso me alimentar, e isso, definitivamente, o fast food nao é capaz de fazer.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Como quase nada e ainda engordo!"


Primeiro uma historinha: 
 "Era uma vez seu Francisco, que comprava pães e os guardava sempre na sua despensa. Comia alguns durante o dia com sua família, mas sempre deixava 5 pães  guardados pro dia seguinte. Todos os dias ele fechava a despensa e somente ele tinha a chave de lá. Pela manhã, quando abria a porta, via sempre 20 pães, mas tinha certeza de que haviam somente 5 à noite e de que ninguém tinha pego a chave..."

A historinha misteriosa e sem explicação é a mesma que criamos quando falamos a frase "como quase nada e ainda engordo"! Como estocar algo (a gordura) que não se tem?

Chegamos à temida era do sobrepeso e da obesidade...o fast-food faz convites tentadores, a indústria alimentícia cria diariamente centenas de novidades e a falta de tempo ainda dá uma forcinha às refeições de cada dia, já batizadas com o famoso termo junk food, ou comida lixo...
Muita gente até foge desse tipo de comida (e faz bem), mas mesmo assim não consegue fazer as pazes com a balança...por quê isso acontece?
 Em primeiro lugar, comer pouco não significa comer bem. Nosso corpo trabalha a partir da ideia de que precisamos de estoque armazenado para eventuais períodos de falta de alimento...assim, quando comemos,há sempre armazenamento.  Se passarmos muito tempo sem comer haverá um maior estoque desses nutrientes, o que faz com que não só  o nosso depósito de gordura aumente como também com que a gordura já estocada seja  poupada. Há quem não tome café-da-manhã pra não engordar ou ainda quem nem jante pra não ter susto na balança, mas no meio de tanta dúvida uma equação é certa: pular refeição + reduzir calorias acima do necessário = estoque das próximas refeições!
É importante lembrar ainda que de nada adianta comer menos se não houver uma seleção adequada acerca do que comer. É preciso pensar o alimento como fonte de prazer, mas também como mantedor da vida.
Outro grande aliado é o exercício físico, que facilita resultados por acelerar o metabolismo e permitir o uso de estoques prejudiciais. Dietas da moda e medicamentos emergenciais podem até surtir o efeito desejado, mas tudo isso tem um custo, e o pior, um prazo.
Em alguns casos específicos, distúrbios metabólicos podem levar a um descontrole entre consumo de alimentos e gasto energético, o que pode fazer com que  a mudança de hábitos alimentares e a prática de exercício físico não surta efeitos, mas para a grande maioria da população, essa combinação traz resultados visíveis e duradouros.

Emagrecer é possível, mas exige preparação da mente e do corpo.
E a balança pode até virar amiga depois dessa história toda...
=D


Atenciosamente,
Elaine Oliveira
Nutricionista e Personal Diet

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Problemas com seu estômago? A nutrição lhe ajuda!

Queimação, azia e má digestão são queixas comuns em consultas nutricionais e consultórios médicos (e até em conversas informais!). Muitas vezes o incômodo é tanto que toda a vida do indivíduo fica prejudicada, já que esses sintomas podem estar ligados a causas sérias como o refluxo gastroesofágico (sensação de retorno do conteúdo estomacal), gastrites, úlceras ou doenças da vesícula, entre outras doenças. A boa notícia é que a nutrição pode, e com muito sucesso, aliviar sintomas e evitar pioras.
Abusar da alimentação, consumindo excessivamente alimentos gordurosos ou açucarados, caféina e álcool, é certamente uma forma de convidar para sua vida as doenças do estômago. Como prevenir ou aliviar sintomas? Siga as dicas abaixo! Seu estômago agradece!

1. Não fique mais de quatro horas sem se alimentar
O ideal é que façamos nossas refeições a cada três horas (salvo sob orientação específica). Nosso estômago sempre produz o ácido indispensável à digestão. Assim, mesmo sem a presença do alimento, o ácido é produzido, podendo trazer danos à parede do estômago.

2. Ajude seu relógio biológico
 Precisamos de horários específicos para que as refeições sejam consumidas e "entendidas" pelo organismo. Procure se alimentar sempre nos mesmos horários, ou ao menos que a diferença de horários não seja tão grande. A produção ácida será mais controlada e funcional.

3. Nunca deite após as refeições
Durante o sono, o esvaziamento gástrico é retardado e as funções digestivas diminuem. Até mesmo anatomicamente nosso trato digestivo é como um tubo vertical e é assim que precisa estar para desempenhar bem suas funções. Devemos aguardar um período de ao menos 90 minutos após a refeição para poder dormir ou estar em posição horizontal.

4. Mastigue bem os alimentos
Pedaços grandes de comida podem dificultar o trabalho do esstômago, além de exigir mais atuação do ácido produzido. Mastigando bem os alimentos damos tempo ao organismo para que ele haja da forma mais adequada ao tipo de refeição consumida.

5. Leite: mocinho ou bandido?
Defendido durante anos como santo remédio para a azia e gastrite, sabe-se hoje que o leite traz apenas alívio imediato, agravando a situação depois de alguns minutos. Isso acontece por ser um alimento rico em cálcio e proteínas, conhecidos estimulantes da secreção ácida do estômago. Sendo assim, nada de tomar leite para "aliviar a queimação". Pessoas com os sintomas citados devem consumir somente um copo por dia, e quando não estiverem com a sensação de mal estar. Outro ponto importante é evitar tomar leite antes de dormir, já que ficará na posição horizontal, o que favorece os sintomas.

6. Cigarro: inimigo declarado
Fumar é sabidamente um ato contra a vida. Além da dependência escravista que causa, traz consequências sérias para cada órgão do corpo, e o estômago não está livre. A ação irritante da nicotina pode diminuir o esvaziamento do estômago e causar lesões de mucosa, sem falar que as úlceras cicatrizam com mais duficuldade nos fumantes. Além disso, outras substências tóxicas, como o alcatrão podem levar até mesmo ao câncer de estômago.

7. Refrigerantes e bebidas alcoolicas devem ser ingeridos com moderação
O gás presente nos refrigerantes causa distensão da parede estomacal, estimulando a secreção ácida e dando a sensação de "empachamento". No caso das bebidas com álcool,  pode haver corrosão da mucosa, sendo esse um dos motivos para nunca ingerir álcool em jejum.

8. Café pode?
Essa pergunta é bem comum e a resposta é "sim, mas com bom senso". O contato direto da cafeína com a parede do estômago pode ocasionar irritações, por isso o cafezinho em jejum pode ser perigoso. Deve ser ingerido preferencialmente após o almoço ou jantar (se não tiver problemas com insônia), e não "de vez em quando durante o dia".

9. Nunca tome medicamentos sem orientação médica
Algumas medicações podem esconder doenças graves, como o câncer, por aliviar sintomas, o que adia a procura por auxílio médico. Remédios para dor, antiinflamatórios e antigripais e outros à base de ácido acetilsalicílico são comuns causadores de problemas digestivos. Cuidado!

10. Coma pequenas quantidades por vez, e procure não comer alimentos excessivamente condimentados.
Grandes quantidades de alimento podem diminuir a pressão de uma estrutura anelar - chamada esfícter - que está presente na porção inferior do esôfago. Quando isso ocorre, o alimento não permanece totalmente no estômago, voltando à porção superior do trato gastrintestinal e trazendo os desconfortos do refluxo. Já os condimentos levam à irritação da mucosa, aumentando sintomas de irritação.


Mudanças simples podem trazer benefícios grandiosos que vão do corpo à forma como enfrentamos e solucionamos problemas! Como disse Platão: Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.
 
Até a próxima!


Fonte: AstraZeneca do Brasil Ltda./ Federação Brasileira de Gastroenterologia

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista: quem eu devo procurar?

A pergunta acima com certeza já passeou pela mente de muitas pessoas.
É importante que saibamos o seguinte: apesar de algumas semelhanças na atuação desses profissionais, as funções são bem distintas, a saber:
O nutricionista é o profissional de saúde que estuda em detalhes a composição dos alimentos e as relações estabelecidas entre eles e o homem, sendo o ÚNICO profissional habilitado a prescrever dietas (Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991) indicando exatamente os alimentos e as quantidades que devem ser consumidas, a partir de cálculos individualizados . Atua em diversas áreas, que vão desde a assistência hospitalar e clínica até a coordenação e supervisão da produção de alimentos em refeitórios. Habilitado a prescrever um tratamento dietoterápico, o nutricionista pode também fazer uso de suplementos e fitoterápicos na complementação de dietas, mas NÃO pode receitar medicamentos.
O nutrólogo é o médico que fez uma especialização em nutrição e, por isso, possui conhecimento bem maior na área do que outros médicos. Atua no diagnóstico, prevenção e tratamento de desordens do sistema gastrintestinal e carências de nutrientes, por exemplo, podendo propor ao paciente mudanças de hábitos de vida, em particular de hábitos dietéticos, mas NUNCA prescrever dietas específicas. Por ser médico, pode prescrever medicações para o tratamento das patologias diagnosticadas.
O endocrinologista é o médico especializado em tratar desordens ligadas às glândulas de secreção interna e que por isso afetam diretamente o metabolismo. Entre suas áreas de atuação encontram-se: andropausa, colesterol e triglicerídeos, distúrbios no crescimento, diabetes, distúrbios da menstruação, distúrbios da puberdade, obesidade e problemas na glândula tireóide. A atuação do endocrinologista está, então, ligada às desordens em funções específicas do organismo, o que não ocorre com a população em geral. Como qualquer outro médico, está habilitado a prescrever medicações, e aí entram os reguladores de apetite (que, vale salientar, devem ser utilizados quando há real necessidade). NUNCA podem prescrever dietas.
                                                                                                                                      
Na grande maioria dos casos, o fracasso das dietas está ligada a um ponto importante e que é muito esquecido: reeducação alimentar. Para alcançar o peso ideal e, consequentemente, saúde, é preciso aceitação dos erros alimentares cometidos para que só assim aconteçam mudanças eficazes. A obesidade, por exemplo, tem ligação muito mais comum com erros cometidos durante a alimentação do que com produção excessiva ou deficiente de hormônios.
A maioria das pessoas que deseja perder peso, por exemplo, quer resultados imediatos e recorrem às medicações, o que só deveria acontecer em casos específicos diagnosticados por endocrinologistas e nutrólogos. Na consulta com nutricionistas, o processo precisa respeitar os limites de tempo do organismo e somente assim é possível emagrecer ou ganhar massa muscular de forma saudável e evitar/ tratar por meio da alimentação (juntamente à medicação) problemas como diabetes, obesidade, gastrite, câncer e doenças renais - tudo dependendo da regulação natural de cada indivíduo.
Em resumo: cada profissional é importante e fundamental em sua área de atuação, mas casos distintos exigem olhares distintos, especialidades diferentes - lembrando que pode ser necessária a atuação conjunta desses profissionais, o que prova mais uma vez a diferença entre eles.

Fontes: http://www.sbem.org.br/
            http://www.cfn.org.br/
            http://www.abran.org.br/
            http://www.esteticaguia.com.br/